Quer tenhamos consciência ou não, o fato é que o ambiente onde estamos influencia o nosso comportamento. Cores, iluminação, organização e layout corporativo podem contribuir para deixar a mente em alerta, favorecendo a produtividade. É por isso que um número cada vez maior de profissionais se preocupa em estudar neuroarquitetura e aplicar seus conceitos.

Aqui mesmo, neste blog, nós já explicamos o que é neuroarquitetura e os benefícios de aplicá-la no ambiente de trabalho. Porém, neste post queremos dar outro enfoque ao assunto, mostrando as principais tendências para quem quer criar um ambiente humanizado, que proporciona bem-estar aos colaboradores e favorece o bom desempenho das equipes.

Ficou curioso para saber que tendências são essas? Então, continue a leitura!

1. AMBIENTES IDENTIFICADOS POR CORES

O ambiente corporativo não precisa ser monótono. É possível pintar as paredes de áreas diferentes com cores diversas, fazendo com que esses espaços se tornem visualmente mais atrativos e configurados para atender os objetivos para os quais foram criados.

Quer um exemplo? Atualmente, uma tendência muito forte é criar espaços para os colaboradores relaxarem durante o expediente. Algumas empresas dão o nome de salas de descompressão ou áreas de convivência. O ideal é que a decoração desses espaços use tons pastéis, que favorecem o descanso visual, ou cores estimulantes, se a ideia é criar um ambiente descontraído e com jogos, por exemplo.

Assim, cada área da empresa pode ter uma cor diferente, de acordo com as atividades realizadas ali. No espaço de trabalho, uma boa sugestão é usar cores quentes para favorecer o estado de alerta e impulsionar a produtividade, mas sempre com muito bom senso.

2. FUNCIONALIDADE

Segundo esse conceito, tudo o que está no ambiente de trabalho deve favorecer a produtividade. Portanto, o layout corporativo deve ser projetado para facilitar as atividades do dia a dia, quer as pessoas precisem de isolamento e concentração ou de uma circulação rápida.

Os móveis também são muito importantes nesse processo. Eles devem ser não apenas bonitos, mas principalmente funcionais. Portanto, se o colaborador utiliza diversos equipamentos para realizar suas tarefas, o mobiliário corporativo precisa contemplar essas necessidades com espaços apropriados para comportar esses objetos, hacks para acomodar fios ou tomadas, entre outros exemplos.

3. SALAS DE REUNIÕES FLEXÍVEIS

Na maioria das empresas, a sala de reuniões é um ambiente muito importante. Ela deve refletir a imagem que a corporação quer projetar, já que é nesse espaço que os clientes têm contato com projetos e propostas. Porém, essa área da empresa também pode trazer inovações que a tornam mais flexível e capaz de atender outras demandas.

A sala de reuniões não precisa, necessariamente, ser composta por uma grande mesa para muitas pessoas e equipamentos para projeção. Hoje em dia, já existem empresas que estão optando por um espaço que pode ser segmentado por meio de divisórias, fazendo com que a equipe consiga aumentá-lo ou diminuí-lo instantaneamente, de acordo com suas necessidades.

Mas o que fazer com a mesa enorme da sala de reuniões? Ela também pode ser desmembrada por meio de encaixes. Assim, tanto é possível separar essas partes e atender a vários times simultaneamente ou colocá-los todos juntos para promover um debate mais abrangente.

4. ESTAÇÕES DE TRABALHO PERSONALIZADAS

As pessoas passam uma boa parte de suas semanas dentro das empresas em que trabalham. Então, não é errado afirmar que esse é o local onde permanecem durante a maior parte das horas que passam acordadas.

No entanto, muitas empresas ainda não permitem que o espaço de trabalho, que é onde a pessoa passa tantas horas, tenha elementos que expressam a personalidade do indivíduo. Uma das principais tendências da neuroarquitetura pretende mudar essa visão.

As empresas estão percebendo que, uma vez que permitem que o colaborador faça adaptações em seu local de trabalho e expresse sua personalidade nesse pequeno espaço, ele se sente mais satisfeito e confortável. Essa sensação de satisfação, acolhimento e conforto favorece o bem-estar e, consequentemente, a produtividade.

5. BIOFILIA

 

A biofilia é a iniciativa de fazer as pessoas voltarem sua atenção aos elementos naturais, aos seres vivos, à natureza. Essa é uma tendência que está em alta, principalmente porque em ambientes urbanos as pessoas vivem em locais cada vez mais fechados e têm um contato menor com as plantas, animais e até mesmo com a luz solar e o ar puro.

Porém, o fato de viverem cercadas de elementos artificiais faz com que os indivíduos percam muito em termos de qualidade de vida. Eles tendem a apresentar quadros de stress e ansiedade com maior frequência, além de sofrerem com os prejuízos à saúde causados por um ambiente pouco ventilado e iluminado.

A biofilia pretende reverter essa situação. Ela propõe a inclusão dos elementos naturais no ambiente de trabalho, contribuindo para o aumento do bem-estar. Entre os bons exemplos estão os projetos de paisagismo corporativo. Eles têm um impacto significativo na qualidade de vida dos trabalhadores e ajudam a minimizar até mesmo outros problemas do local de trabalho, como a propagação de ruídos.

6. AMBIENTES INTEGRADOS

Mais uma vez, precisamos lembrar que as pessoas passam uma quantidade grande de tempo dentro das empresas. Portanto, mantê-las isoladas e sem contato com seus colegas de trabalho não é o ideal.

Por essa razão, muitas empresas estão adotando ambientes integrados. Neles, vários colaboradores dividem o mesmo espaço e, embora tenham estações de trabalho próprias, conseguem interagir e conviver com seus pares.

Porém, temos consciência de que diversos colaboradores precisam de um pouco mais de privacidade para realizar suas tarefas. No entanto, mesmo nesses casos, a neuroarquitetura aponta para soluções menos drásticas, que não preveem o isolamento completo do profissional.

Uma boa opção é utilizar divisórias de vidro. Elas separam o espaço e proporcionam o isolamento acústico necessário para várias atividades, mas sem eliminar o contato visual com as pessoas que estão fora desse espaço.

O fato que não podemos negar é o de que cada pequeno elemento do ambiente corporativo causa um impacto sobre o desempenho do colaborador. Assim, se a empresa quer alcançar um patamar superior de produtividade e excelência, não basta investir na capacitação das pessoas. Essa é uma iniciativa importante, mas não tem o poder de solucionar todos os problemas que prejudicam a produtividade.

Tão importante quanto ter pessoas capacitadas é oferecer um ambiente propício ao bom desempenho. Nesse sentido, a neuroarquitetura traz soluções simples, como as que mencionamos, mas que fazem uma enorme diferença quando se trata de oferecer boas condições de trabalho.

Com um ambiente humanizado, todos têm uma condição vantajosa: o colaborador, que ganha qualidade de vida e bem-estar, e também a empresa, que vê resultados diretos em seus níveis de produtividade.

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