Durante anos, circularam rumores de que a General Motors Co. estava desenvolvendo um Corvette de motor central que competiria em pé de igualdade com exóticos europeus, como a Ferrari, e o Ford GT. Os boatos se mostraram verdadeiros.

 

Na semana passada, em um hangar em Tustin, Califórnia, a GM apresentou a oitava geração do Corvette Stingray, um belo modelo de 495 cavalos que promete deslumbrar os fãs de carros esportivos em todo o mundo com uma capacidade de 0 a 100 km/h em menos de três segundos. Pela primeira vez, o Corvette estará disponível na Austrália, no Reino Unido e no Japão e as concessionárias Chevrolet nos EUA podem começar a encomendar o novo veículo em breve, com entrega prevista para o final deste ano ou no início do próximo.

No entanto, em um mundo onde o dióxido de carbono é considerado um poluente, a versão mais recente do lendário veículo de dois assentos da GM pode ser o último movido a gasolina. Afinal, a corporação anunciou uma meta de zero emissões, zero acidentes e zero congestionamentos. É muito cedo para saber se os planejadores e engenheiros da GM estão considerando seriamente um modelo de alta tecnologia movido a bateria que desafiaria a Tesla e a Audi. No momento, a equipe está concentrada em celebrar a sua mais recente conquista.

Reprodução/Forbes
Chevrolet Corvette Stingray 2020

“O Corvette sempre representou o auge da inovação e da quebra de barreiras na GM”, disse o presidente da GM, Mark Reuss, em um comunicado. “O motor dianteiro tradicional atingiu o limite de seu desempenho, exigindo o novo layout. Em termos de conforto e diversão, ele ainda tem a aparência e proporciona a sensação de estar em um Corvette, mas é melhor do que qualquer outro veículo da história deste modelo.”

Ao colocar o motor atrás do banco do motorista e na frente das rodas traseiras, a distribuição de peso melhora com um viés na parte de trás, de modo a aprimorar a performance, segundo a GM. O motorista fica, assim, mais próximo das rodas dianteiras, melhorando a sensação e a capacidade de resposta na direção.

“O Corvette, mais uma vez, entregou um produto incrível para a sua performance. Corvette é uma marca-chave, e a GM não a perdeu com a mudança para um design de motor central. Alguns dos elementos de estilo, tanto dentro como fora, podem ou não funcionar para todos, mas em termos de boa performance a um ótimo preço (a partir de um valor estimado em US$ 60 mil), este novo carro é perfeito”, disse Karl Brauer, editor executivo da Kelley Blue Book.

 

Os engenheiros da GM se esforçaram constantemente, segundo a empresa, para a corporação ser pioneira no uso de materiais extremamente leves e fortes, como fibra de carbono, para reduzir o peso, enrijecer a estrutura e, portanto, melhorar as características de performance e manuseio do veículo. Uma nova arquitetura eletrônica acelera o fluxo de dados e permite atualizações OTA (over-the-air, realizado por dados móveis ou WiFi) em programas de computador que controlam os recursos do carro.

Reprodução/Forbes
Motor do Chevrolet Corvette Stingray 2020

A peça central do carro é um motor V8 LT2 naturalmente aspirado de 6,2 litros, o único no seu segmento sem turbo compressão ou sobrealimentação e que pode despejar 64,95 kgfm de torque, quando equipado com o pacote Z51 Performance. Um painel de vidro grosso sobre o motor permite que ele seja visto de fora e os outros componentes como canos de motores, parafusos e tubos foram criados para transmitir uma aparência atraente. Uma transmissão de embreagem dupla de oito velocidades fornece energia para as rodas traseiras.

Como seu antecessor – a sétima geração do Corvette – esta nova versão dá à GM uma chance de mostrar suas habilidades de engenharia e as melhorias para outros modelos da Chevrolet. Pelo preço, o C8 será visto como um carro de excelente custo-benefício. O Corvette sempre foi o favorito dos cavalheiros de certa idade, portanto, uma grande mudança seria se os compradores mais jovens também compartilhassem do mesmo gosto.

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